Shiva E A Torre

Oi oi meninas, menines e meninos, quanto tempo hein? Como estão?

Um dos meus passatempos é unir yoga e tarot e durante uma aula do guerreiro, enquanto falávamos de Shiva, eu relacionei Shiva com a carta A Torre do tarot.

Shiva é uma das inúmeras divindades do hinduísmo e compõe a trimúrti, que é a trindade das divindades supremas, constituída por Brahma (o criador), Vishnu (o preservador) e Shiva (o destruidor). Shiva é representado por uma figura masculina de cabelos longos e sentada em posição de lótus. Nas imagens sempre aparece um tridente, um tambor em forma de ampulheta, água jorrando do topo de sua cabeça, juntamente com uma lua crescente.

Como disse, Shiva, é chamado de destruidor, ou transformador. É a representação daquela energia que destrói tudo que não serve mais a algum propósito.

A carta da Torre no tarot representa energia similar. Na Torre, estamos num momento em que algo mudou dentro de nós e já não podemos mais continuar do jeito que estávamos vivendo, as fachadas começam a desmoronar, sobrando apenas o que for fundação sólida pra reconstruir um novo viver. É uma renovação, transformação profunda do ser.

Assim como Shiva, a carta da Torre as vezes é um tanto temida, as pessoas costumam ter medo de mudanças, principalmente as promovidas por esses dois símbolos, afinal, não é necessariamente uma mudança externa, mas sim interna, o que te obriga a se manifestar, tomar ação e sair da zona de conforto. A Torre diz: você mudou, você já não consegue mais viver como estava vivendo, mesmo que tente voltar ao que era antes, já não há mais esse desejo em seu coração, sendo assim, você vai buscar outra coisa ou tentar se agarrar aos pedaços da vida passada que já não te fazem mais feliz, apenas pelo medo da mudança. Acredito que esse seja o grande X da questão em uma carta e uma divindade com essa representação, o tal do tomar uma atitude e tirar da sua vida o que não te serve, abrindo espaço pra buscar outra coisa (que talvez você ainda não saiba o que é).

Mudança quase nunca é fácil, mas é uma das poucas certezas da vida, e vai de cada um fluir ou tentar resistir (e entender o porquê dessa resistência).

E por hoje é só, xuxus. Até a próxima!